sábado, 14 de maio de 2011

As empresas públicas dão lucro......!?!

As empresas públicas dão lucro....e para onde vai esse lucro??

Como temos vindo a observar, os chefes e grandes directores de empresas públicas, recebem ordenados milionários, têm prémios estupidamente altos, carros de luxo e reformas bem recheadas, independentemente da crise.
Ao mesmo tempo, os próprios funcionários dessas empresas (funcionários públicos), benificiam de certas regalias no que toca ao que a empresa produz. Por exemplo, os funcionários da EDP bem podem desperdiçar luz em casa, pois o valor que pagam (se é que pagam) é baixissimo.

Talvez o lucro seja para sustentar tudo isto...e mais alguma coisa, que nem sonhamos.

Mas o que é esse lucro? Como é que as empresas públicas obtêm esse lucro, esse excesso de dinheiro, tendo em conta, e como já vimos, serem empresas tão gastadoras?

Bem...sendo uma empresa pública o dinheiro vem do estado. Ou seja, as empresas públicas foram criadas com dinheiro do estado e este, todos os anos, tem no seu orçamento uma verba destinada a preencher as "necessidades" dessa mesma empresa. "Necessidades" essas que surgem todos os anos, apesar dos lucros.
Ora o estado somos todos nós, os que pagam os impostos, para sustentar esse mesmo estado.

Mas supostamente o lucro de uma empresa provém do retorno da venda dos produtos que produz, ou da cobrança dos serviços que presta. E quem usufrui desses produtos ou serviços a troco de pagamento?
Somos nós, os mesmos que com os seus impostos sustentam a verba do orçamento de estado, destinada a essas mesmas empresas.

Ao mesmo tempo, muitas dessas empresas dizem-se parcialmente privatizadas. Isto significa, que para além do dinheiro que provém do estado e da cobrança directa aos consumidores, ainda têm injecções de dinheiro por parte de empresas privadas, que também elas vão beneficiar desta almofada financeira, que é o estado, para explorar em seu beneficio, uma vez mais, esse dinheiro que sobra. Que é como quem diz, o dinheiro dos portugueses.
Mas muitas das vezes, a privatização, faz-se com base num acordo com o estado, onde a empresa privada simplesmente passa a explorar certos sectores da empresa pública, não significando que para isso, tenha havido qualquer investimento por parte da privada.
Ou seja, se a gestão for prejudicial para a empresa pública, a privada leva o que lucrou com a exploração, não perdendo nada, pois nada investiu.....e o dinheiro que leva, é mais uma vez tanto do estado, como dos que pagam as facturas mensais.

Ora empresa que se preze, tem acções na bolsa. Como sabemos, a bolsa não é mais do que uma espécie de casino, onde a exploração do mercado reina. Ou seja, no que toca às empresa públicas o dinheiro que provém do estado, assim, como dos que pagam as facturas, é usado para ser jogado nas bolsas e mercados internacionais.
Neste seguimento, certas empresas públicas colocam acções para venda ao público, aliciando as pessoas que ao comprarem essas mesmas acções vão ter retorno fácil e garantido, pois assim a cotação no mercado da empresa aumenta.
Mas.....então as pessoas que pagam os impostos para a tal verba do orçamento do estado, destinada às empresas públicas e que pagam as facturas relativas aos serviços ou produtos que essas mesmas empresas prestam ou vendem, ainda são aliciadas a investir mais uma vez nas acções dessas empresas??
Parece-me que as pessoas estão a investir em algo que já é seu...desta feita, pela 3ª vez, no mínimo.

A vêr. Se as empresas são do estado, então pretencem ao povo, logo se dão lucro, porque é que as facturas no final do mês não descem??

Porque é que se gastam tantos milhares em publicidades a empresas do estado, que nem sequer têm concorrência?

Mas o português não pensa nisto. Simplesmente lamenta não ter dinheiro. É o coitadinho. Fica muito chateado ao vêr os engravatados na TV, mas não percebe que até aquela gravata foi paga com o seu dinheiro.
E depois vemos grupos enormes de portuguêses sempre solidários e sorridentes a participarem em corridas patrocionadas pela EDP, ou PT...o pessoal até vai aparecer na TV....que também patrocina!
Extraordinário, não é?

Tudo por uma boa causa. Mas sempre a causa dos outros.

O que não se faz, é pegar no dinheiro que sobrou e, se não se pretende diminuir às facturas mensais, então que se gaste esse dinheiro em beneficio dos portugueses. Esse seria o patrocinio mais lógico.

Para acabar. Muitas dessas empresas têm também investimento no estrangeiro. Significa, de certa forma, que o estado português tem um pedaço do sua capacidade empresarial noutros países. Ora o que se deduz, de imediato, é que o dinheiro ganho nesses países entra numa empresa do estado, logo...

Eu não sei, nem percebo nada de economia, mas pegando no exemplo dos EUA, no que toca ao petróleo, este país sempre teve um consumo elevado em combustiveis fosseis e a preços muito baixos, o que não acontecia no resto dos países dependentes da importação do mesmo bem.
Então os EUA exploravam esses países vendendo o petróleo em seu beneficio.

Se temos empresas do estado a explorarem no extrangeiro, porque é que não temos benefício nesse facto e, ao mesmo tempo, porque não consumimos esses bens a preços mais baixos?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Profissão? Funcionário Públco.

Já se sabe que a maioria, não são todos.

Porque será que ser Funcionário Público (FP), é a profissão mais desejada?
O quê?...FP não é uma profissão?...de certeza?
A dúvida surge, porque na realidade, a linha de comportamento é muito semelhante entre todos eles, os FP, entenda-se.

Se não, vejamos:
O FP chega às horas que quer ao seu posto de trabalho. Se tiver de marcar cartão, com jeito o seu colega mais assíduo, marca por ele. É certo que agora a coisa, parace que exige o dedo do funcionário, mas ainda assim, isso não o detém no seu local de trabalho...supostamente, de trabalho.
O FP entra às 10h e pico, e vai ao café do próprio local de trabalho (se existir), pois assim vai mostrando corpo presente. Com toda a certeza, encontra os seus colegas, também acabadinhos de chegar. Todos sorridentes, pedem o costume à empregada do buffet - que o mais certo é ser trabalhadora de uma empresa privada, que explora o sítio, e que igualmente sorridente atende ao pedido com pensamentos revoltados de quem se encontra a pé desde as 7h da manhã.

Uma torrada, meia de leite e o cafezinho, esse não pode faltar. No fim com toda a certeza não faltará o cigarrinho, "ai que bem que me sabe"!
Nos entretantos, já são 11h...bem, vamos trabalhar...?!

Hora de almoço, toca a sair que se faz tarde!

"Logo à tarde vou arranjar as unhas. Queres vir?", soltam-se desafios para fazer gazeta, por uma hora ou duas, da parte da tarde...e depois, lanche. Sim, porque uma pessoa também tem de descansar e alimentar.


Esta é uma cena, não muito imaginada, é até bastante próxima do real, do tão perto que conheço.

Os FP, são os tão falados trabalhadores, por parte das centrais sindicais.
Porquê? Ainda pensam que os sindicatos foram feitos para proteger os que trabalham nas empresas privadas?...ingénuos.
São um grupo de trabalhadores, que não têm patrão, têm chefes, os quais também são FP.
Esse grupo de pessoas é bastante mimado, são o equivalente aos putos que vemos nos hipermercados sempre aos gritos com os pais.
O pai, o governo neste caso, normalmente tende a mudar de côr de 4 em 4 anos. Que é o mesmo que dizer, ora PS, ora PSD. Ora pai, ora mãe. Ora eu, ora tu.
Estes dois, como qualquer casal, têm as suas desavenças. Também o pai quer mandar mais que a mãe e vice-versa. Mas no fim, ambos  entendem-se.

Como num casal, mais uma vez, quando o pai está a mandar demais, e normalmente, porque é necessário pôr ordem, os putos gritam com este e a mãe por conseguinte, aproveita a oportunidade para apoiar as crianças. Conclusão, sentindo esse apoio, toca a tomar partido da mãe...e o ciclo acontece.
O governo quer mexer no sistema, e os FP, fazem greve....mas é que é logo!
Vai daí, aparece imediatamente o partido oposto e diz: "- Estão a vêr o que vocês fazem? Tadinhos. Mas nós estamos do lado deles, pois claro!".

Desde miúdo me lembro das greves. É como se fosse um dado adquirido. Os auto-carros, professores, médicos, etc...era normalissimo todos estes estarem em greve, de quando a quando.

A coisa é tão normal, que neste momento que o pais está submerso em dividas e que é preciso trabalhar, mais do que nunca, e que como é sabido vamos todos ter de pagar, os nossos FP fazem greves, umas atrás das outras. E porquê? Porque lhes estão a mexer nos direitos e regalias, conquistadas em Abril!

No nosso país as greves são vistas como um direito, em relação ao qual ninguém pode dizer nada contra, se não, ainda é considerado fascista. E vivemos neste medo...quase.

Na verdade, parece-me que os FP, são uma espécie de cancro do governo, seja ele qual for e, por conseguinte, do país. São um produto do pós 25 de Abril, onde da noite para o dia, os funcionários do estado passaram a ter só direitos e regalias.
Ora se no dia 25 de Abril passou a ser feriado e dia sagrado, estes mesmos direitos e regalias, também passaram a ser.
Agora, passados mais de 30 anos, começa-se a perceber que afinal o 25 de Abril não foi para todos.

Estes vícios, estes mimos, estes maus hábitos, fizeram dos FP um grupo de pessoas que "não são deste mundo". Não têm a noção de que quem lhes paga o ordenado é o estado e o estado somos todos nós. Como tal deviam cuidar mais pelo seu trabalho e de corresponder mais ao seu país.

Claro está, a culpa não é de quem faz, mas de quem deixa fazer. E quem deixa fazer e abusar, não são os governos, somos nós todos, é o estado.

(continua...)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

...nomeadamente a nível...

É simplesmente extraordinário, como temos a mania, que falamos muito bem. Sempre melhor que o próximo.

Já era bastante comum, vêr na tv, de vez em quando, um bombeiro, ou polícia - tipo GNR - a quando da descrição de um acidente, na tentativa de mostrarem o seu lado mais técnico e, por vezes, profundamente técnico - que a profissão assim o obriga, a provocarem um incidente linguístico. Na verdade, quando um destes individuos fala na tv, obrigam-nos a engolir camadas pesadas de frases compostas de palavras "difíceis", onde a necessidade de recorrer às mesmas é duvidosa e a mensagem final passa a ser ambigua. Ficamos sem saber se três pessoas morreram, ou se existiam três cadáveres...

Bem, o que importa é este "show off" e pretensiosismo de pseudo bom falante. E o nosso país está contaminado disso mesmo.
Na mesma tv, tenho reparado que é cada vez mais frequênte a repetição contínua de "nomeadamente".
É certo que o objectivo desta palavra é chamar particular atenção ao que vai ser dito imediatamente a seguir, mas de preferência que tenha nome.
No entanto, não é assim que é usada. "Nomeadamente muitos", "nomeadamente coisas", etc.

Algo que ouço com bastante frequência também, é a expressão "a nível"....O QUÊ?! A nível?!?!?!
Para além, de ser uma expressão muito apetecida pelos "pseudo bem falantes e intelectuais", é também um erro ortográfico. Diz-se AO NÍVEL.

Quem deve andar bastante confuso, principalmente quando ouve discursos, deve ser o nosso Presidente da República (Cavaco Silva), pois facilmente se confunde "a nível" com "Anibal"...

Aborrecido mesmo, é ouvir certas pessoas que têm profissões como jornalistas, deputados, professores, etc. e que usam e abusam do "a nível", que é um disparate.

Claro está que com o novo acordo ortográfico....