quarta-feira, 11 de maio de 2011

Profissão? Funcionário Públco.

Já se sabe que a maioria, não são todos.

Porque será que ser Funcionário Público (FP), é a profissão mais desejada?
O quê?...FP não é uma profissão?...de certeza?
A dúvida surge, porque na realidade, a linha de comportamento é muito semelhante entre todos eles, os FP, entenda-se.

Se não, vejamos:
O FP chega às horas que quer ao seu posto de trabalho. Se tiver de marcar cartão, com jeito o seu colega mais assíduo, marca por ele. É certo que agora a coisa, parace que exige o dedo do funcionário, mas ainda assim, isso não o detém no seu local de trabalho...supostamente, de trabalho.
O FP entra às 10h e pico, e vai ao café do próprio local de trabalho (se existir), pois assim vai mostrando corpo presente. Com toda a certeza, encontra os seus colegas, também acabadinhos de chegar. Todos sorridentes, pedem o costume à empregada do buffet - que o mais certo é ser trabalhadora de uma empresa privada, que explora o sítio, e que igualmente sorridente atende ao pedido com pensamentos revoltados de quem se encontra a pé desde as 7h da manhã.

Uma torrada, meia de leite e o cafezinho, esse não pode faltar. No fim com toda a certeza não faltará o cigarrinho, "ai que bem que me sabe"!
Nos entretantos, já são 11h...bem, vamos trabalhar...?!

Hora de almoço, toca a sair que se faz tarde!

"Logo à tarde vou arranjar as unhas. Queres vir?", soltam-se desafios para fazer gazeta, por uma hora ou duas, da parte da tarde...e depois, lanche. Sim, porque uma pessoa também tem de descansar e alimentar.


Esta é uma cena, não muito imaginada, é até bastante próxima do real, do tão perto que conheço.

Os FP, são os tão falados trabalhadores, por parte das centrais sindicais.
Porquê? Ainda pensam que os sindicatos foram feitos para proteger os que trabalham nas empresas privadas?...ingénuos.
São um grupo de trabalhadores, que não têm patrão, têm chefes, os quais também são FP.
Esse grupo de pessoas é bastante mimado, são o equivalente aos putos que vemos nos hipermercados sempre aos gritos com os pais.
O pai, o governo neste caso, normalmente tende a mudar de côr de 4 em 4 anos. Que é o mesmo que dizer, ora PS, ora PSD. Ora pai, ora mãe. Ora eu, ora tu.
Estes dois, como qualquer casal, têm as suas desavenças. Também o pai quer mandar mais que a mãe e vice-versa. Mas no fim, ambos  entendem-se.

Como num casal, mais uma vez, quando o pai está a mandar demais, e normalmente, porque é necessário pôr ordem, os putos gritam com este e a mãe por conseguinte, aproveita a oportunidade para apoiar as crianças. Conclusão, sentindo esse apoio, toca a tomar partido da mãe...e o ciclo acontece.
O governo quer mexer no sistema, e os FP, fazem greve....mas é que é logo!
Vai daí, aparece imediatamente o partido oposto e diz: "- Estão a vêr o que vocês fazem? Tadinhos. Mas nós estamos do lado deles, pois claro!".

Desde miúdo me lembro das greves. É como se fosse um dado adquirido. Os auto-carros, professores, médicos, etc...era normalissimo todos estes estarem em greve, de quando a quando.

A coisa é tão normal, que neste momento que o pais está submerso em dividas e que é preciso trabalhar, mais do que nunca, e que como é sabido vamos todos ter de pagar, os nossos FP fazem greves, umas atrás das outras. E porquê? Porque lhes estão a mexer nos direitos e regalias, conquistadas em Abril!

No nosso país as greves são vistas como um direito, em relação ao qual ninguém pode dizer nada contra, se não, ainda é considerado fascista. E vivemos neste medo...quase.

Na verdade, parece-me que os FP, são uma espécie de cancro do governo, seja ele qual for e, por conseguinte, do país. São um produto do pós 25 de Abril, onde da noite para o dia, os funcionários do estado passaram a ter só direitos e regalias.
Ora se no dia 25 de Abril passou a ser feriado e dia sagrado, estes mesmos direitos e regalias, também passaram a ser.
Agora, passados mais de 30 anos, começa-se a perceber que afinal o 25 de Abril não foi para todos.

Estes vícios, estes mimos, estes maus hábitos, fizeram dos FP um grupo de pessoas que "não são deste mundo". Não têm a noção de que quem lhes paga o ordenado é o estado e o estado somos todos nós. Como tal deviam cuidar mais pelo seu trabalho e de corresponder mais ao seu país.

Claro está, a culpa não é de quem faz, mas de quem deixa fazer. E quem deixa fazer e abusar, não são os governos, somos nós todos, é o estado.

(continua...)

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